Aconteceu na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, a quarta edição do Simpósio Nacional de Inventário Florestal entre os dias 28 de junho e 1° de julho de 2016.
Foram apresentadas experiências em curso de inventários florestais nacionais de países como Peru, Colômbia, Suriname e Espanha, bem como os avanços, resultados e aplicações do Inventário Florestal Nacional do Brasil (IFN-Brasil).
Conforme explicado pelo diretor de Pesquisa e Informações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Joberto de Freitas, o IFN-Brasil foi iniciado em 2005 e teve as primeiras coletas de campo realizadas em 2011. Até o momento, já foram visitados mais de quatro mil pontos amostrais em 14 estados do país. A iniciativa deverá coletar dados em cerca de 20 mil pontos, distribuídos em um gride de 20 x 20 quilômetros, para identificação de espécies arbóreas, coletas de amostras de solo, estudos de paisagem e análise das condições ambientais e da saúde e vitalidade das florestas, além de entrevistas com moradores do entorno. A metodologia do IFN-Brasil prevê um monitoramento contínuo, com retorno aos pontos a cada cinco anos.
Sistemas Integrados
O diretor geral do SFB, Raimundo Deusdará, enfatizou o potencial de integração das informações geradas pelo IFN com outros sistemas de informações existentes. “Estamos trabalhando agora com duas robustas bases de dados, esses big datas, que são o Cadastro Ambiental Rural e o Inventário Florestal Nacional. Além das florestas públicas, vamos conhecer também as propriedades rurais do país e, principalmente, a qualidade das florestas que estão nestas áreas. Ao integrar os dados do IFN e do CAR vamos fechar o ciclo e ter um novo olhar sobre a gestão florestal do país”, afirmou.
Klein explicou que, quando surgiram, os inventários tinham foco majoritariamente produtivo, buscando levantar os estoques de madeira, e, com o passar dos anos, estes passaram a abordar aspectos relativos a biodiversidade e a análise de paisagem. Mais recentemente, a preocupação com as mudanças climáticas fez com que informações sobre estoques de carbono também fossem geradas.
“Inventários têm uma dimensão técnica, mas não podem prescindir de sua dimensão político-estratégica. Os investimentos feitos nos inventários devem proporcionar informações consistentes e confiáveis de forma a aprimorar a tomada de decisão”, explicou.
O evento
Com mais de 400 inscritos, o evento teve apresentações de representantes de 28 instituições de pesquisa e de órgãos governamentais brasileiros e do exterior, além de representantes de empresas que tem atuado no IFN-BR.
Além disso, foram realizadas visitas de campo, a áreas do entorno da cidade, uma com demonstrações sobre a metodologia do IFN-BR em duas fitofisionomias do bioma cerrado e outra ao Memorial do Cerrado, com representações das diversas formas de ocupação neste bioma e os modelos de relacionamento com a natureza e a sociedade.
O IV Simpósio Nacional de Inventário Florestal foi organizado pelo Serviço Florestal Brasileiro, em parceria com a Embrapa Florestas e a Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás, e conta com o apoio do Fundo Amazônia/BNDES, Programa de Investimento Florestal (FIP)/BID e do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF)/FAO. O Evento contou também com o apoio do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e da União Eurpéia por meio do Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais Brasil-União Européia.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro/ http://ifn.florestal.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=287%3Aiv-simposio-nacional-de-inventario-florestal&catid=42%3Arokstories